Cantando...

Eu canto

o quanto é-me possível,

e espanto

o que me é temeroso,

o pranto

nunca é-me preferível,

e o canto

assim não me é choroso.

E o dia,

se amanhece chuvoso,

inspira

um suave, etéreo canto,

que ria

quase que silencioso,

é lira

que gira em alvo acalanto.

Também

se o sol nasce bem cedo,

me vem

um cantar ensolarado,

que bem

sonoro vem-me cantado,

que nem

criança espalhando segredo.

E a noite

se desaba muito fria,

o açoite

do vento vem-me em canto,

porém,

se luz a noite irradia

além

da canção me vem o encanto.

Na vida

eu sigo sempre cantando,

fazendo

dia belo ou noite fria,

e a lida

desliza suave, brincando,

tecendo

um canto de alegria.

Ago/2017

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 22/08/2017
Código do texto: T6091221
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