E...POR QUÊ?

Por que do hoje há a fita inscrita do que não houve?

Por que do onde está a senda lenta do que não pensa?

Por que do porquê fica o alinhavo fixo do precipício?

Por que a mente mente o que não sente?

Resposta nula, na noite estancada na rua,

luta com a cerca fincada na face alada.

Imagine em seu catre estreito,

percorrer o caminho ido,

naufragar na dor de outrora

e nadar

nas ondas de agora.

Sufocando na vaga rasa,

por conta do fôlego curto

da cor desmaiada,

criar o raiar bem resolvido

Que lhe dê a faca do pulso ferido.

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 20/08/2017
Reeditado em 04/04/2019
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