PESADELO
Na mão esquerda, a água clara e salgada
Que escorre do olhos,
que mal querem se mostrar.
Dentro do dentro, os suspiros da verdade,
em dores, amores e até em felicidade.
A coisa ou outra é só uma: o desengano,
o falso plano do procurar e não saber,
a régua rota, remarcada e imprecisa,
a dirigir o sentido e o perceber!
Deito quieta, imóvel, amarrada,
coberta de flores, tendo as mãos atadas.
Mas , no raiar do dia, nasce o sol,
acontece o fim do sonho.
Desço da cama,
rezo a oraçào da fé
E, na cozinha, preparo o café.