PESADELO

Na mão esquerda, a água clara e salgada

Que escorre do olhos,

que mal querem se mostrar.

Dentro do dentro, os suspiros da verdade,

em dores, amores e até em felicidade.

A coisa ou outra é só uma: o desengano,

o falso plano do procurar e não saber,

a régua rota, remarcada e imprecisa,

a dirigir o sentido e o perceber!

Deito quieta, imóvel, amarrada,

coberta de flores, tendo as mãos atadas.

Mas , no raiar do dia, nasce o sol,

acontece o fim do sonho.

Desço da cama,

rezo a oraçào da fé

E, na cozinha, preparo o café.

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 05/08/2017
Reeditado em 04/04/2019
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