O CÂNTICO DAS SUBSTÂNCIAS VIVAS

Há tantos caminhos da existência

Em meio às delicias da alma

Desenha às imagens da forma

Continuando na minha memória.

Aurora de um raio de luz azulada

Pelo oceano em brasa ao vento

Abrindo janelas sobre o tempo

Pelos mares de mansões lunares.

Escreve a própria substância viva

Infinitos mundos dos céus crescentes

Poeta das imagens incognoscíveis

O seu eu não se vê pelas aparências.

É um estrangeiro em sua linguá

Abrindo o espírito ao invisível

Sentindo o gosto do inaudível

Onde se cria e vira poesia.

Azul cintilante na pluma do fogo do firmamento

Ascendendo agora os desejos de outrora

Devaneia o fogo das potências afetivas

Canta o mistério das substâncias vivas.

O artista interior sonhando a natureza

Entre o ser do mundo de se conhecer

O desconhecido inscrito da ignorância

Da alma perante a Terra e os céus.

Há quem veja grandezas extremas

Além do horizonte dos planetas

Há no mundo liberdade encerrada

Em cavernas cegas da Terra.

Os mares que movem as esferas

Figuram a matéria para a vida

Do universo em meu corpo

Finito do vazio pleno.

De Fernando Henrique Santos Sanches - Poeta das Almas - Fernando Febá

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 28/07/2017
Reeditado em 03/08/2017
Código do texto: T6067560
Classificação de conteúdo: seguro