Um corpo que cai, gravidade.
Antônio Herrero Portilho.


Quedas; foram apinchados, evitaram o portão, caíram da cerca; alambrados, coléricos, embriagados, machucados.

Cair; da árvore, do penhasco, do assoalho molhado, escorrega, esbarrão, tropeção, quebraram o nariz, foram de cara ao chão, fratura exposta, o leite derramado.

A fruta madura despreende do talo, quedas de braços, o fraco desaba, acidez, o sabor do melão, azedo ou adocicado.

A docilidade de um meigo sorriso cai à face, sexo selvagem, no escuro da hora, cai à noite, amor perigoso, homem coragem.

O chumbo pesado cai, vai ao pé, fere a caça, estilhaços, depois da explosão ao chão a cápsula, no trajeto à bala, um corpo caído, cheiro da pólvora exala.

Degraus por degraus, idoso morre caiu da escada, estático corrimão, de longe do solo foram lançado, panorama,  visão da sacada.

Quedas, perderam pontos, desclassificado, torcidas fiéis, só entre eles,  iradas, invadiram o campo, pularam o cercado, caíram de paus, ensanguentados.
      

 
Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 16/07/2017
Reeditado em 16/07/2017
Código do texto: T6055779
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