O ar rarefeito.
Finges que não tem saudades
Daquele beijo demorado ou do abraço apertado
Finges não ter acuidade
Para perceber que o sorriso fácil foi abafado.
Lembras de um elogio que se apaga na fumaça
Da sintonia que parecia ser correspondida
Lembras de um arrepio que se esconde na arruaça
Que agonia fácil sua alegria descabida.
Para quê ter prazeres satisfeitos?
Para quê aquele olhar carinhoso como se você não tivesse defeitos?
Para quê insistir em ter seu ar rarefeito
Com emoções que vieram à tona ao repousar em seu peito?
Tamanha rapidez na chegada
Devias ter previsto a despedida?
Tamanha insensatez da madrugada
Podias ter quisto da razão uma sacudida?
E aquela incerteza bem guardada
Sobre o que sentir e como agir
Teve que ser sufocada
Para não deixar o equilíbrio se esvair.