Sinfonia

Suave cantiga do vento,

por tanto assim escutar-te,

outras cantigas invento

e cismo que elas são arte...

Não tenho contentamento,

cantando assim sozinho

as minhas mudas canções,

martelando no cimento,

qual num concerto mesquinho

cercado por mil solidões...

Suave és tu, melodia!

Ajuda-me a cantar-me,

não te peço a escutar-me,

pois que tal nem poderia,

rogo-te só emprestar-me

a tua voz luzidia...

E se acaso não puderes

atender ao meu apelo,

socorre-me, o’ doce brisa,

carrega as cantigas minhas,

leva-as à ventania,

peça a ela que consuma

com todas num vendaval...

E seja como quiseres,

não olvidarei o zelo

de minha mor poetisa,

pois tu, sinfonia, alinhas

tristeza e alegria,

e em paz minh’alma ruma

ouvindo o teu festival...

abri/2017

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 24/06/2017
Reeditado em 15/07/2017
Código do texto: T6036048
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