SUSPENSÃO

Efêmera nuvem,

Elemento em transformação...

líquido, gelo, vapor

navegando sobre nós,

ora nutrição, ora destruição!

Belas, belas velas...

que nos ensinam o vogar (singrar)!

Que o leme se faça em minhas mãos

e que meus ouvidos sejam fortes

ao canto do engano!

Que sempre o ouça,

mas meu corpo amarrado ao saber,

Indique o caminho da onda calma

que aponta o norte.

Em sua efemeridade, nuvem,

viva o suporte de seu encanto.

Abrace a terra, o fogo, o ar

e em rumo faça a vida!

Aqui estanco meus estados,

Viro pedra, humor, exaustão,

e palavras me tecem a alma...

Olhando-a no céu que me adorna,

nuvem, efemeridade...

sou efemeridade também...

E não me transformo.

Apenas pereço

no então do que você é ou nunca será!

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 17/06/2017
Reeditado em 01/11/2017
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