Antonio Herrero Portilho.

Que medo tem? De equilibrar, de algo que do túnel escuro vens,  da locomotiva dos atropelos, faces gélidas passarela, corda bamba,  medo do apito do trem.
 
Das ondas bravias o temor nas águas profundas, em uma canoa em mar aberto um peixe esperto devorador, em lagos perene, barcos a velas, bote a motor.
 
Do fogo, da explosão, das chagas que queimas, medo daquilo disso do compromisso das doenças terríveis do coração,
medo de amar, com a pessoa errada   se casar. 

Medo de falar, de dirigir a palavra errada, medo das verdades, das injúrias, calúnias do revide que enciste em pronunciar, medo de enviuvar, de deixar os filhos órfãos sem lar.
 
Medo da peste   que mata, do inseto que voa, da barata, medo da cobra, mau feito da obra, da reza braba, da entidade da infelicidade da maldade dos homens,   do linguajar. lobisomens

Medo de teto desabar do  ladrão que vem te roubar, medo do jogo perder,  morrer, do corpo a cremar, a moça tem medo do malfeitor  em atos de sexo te estuprar.
 
Nossa vida é uma Nau, um par de remos as águas cortar, nossos medos estão em  segredos agora e por vir, seguindo as rotas em navegação para esquerda ou direita centralizando o timão.
 
O trapezista faz tudo a risca, de uma ponta á outro esticado a fio sem errar, sem ficar, sem cair, a moça balança cabelos em tranças  se solta e avança abraça a mim aperta as mãos, segurando firme o trampulim.   


 Entrando no túnel os jogadores adentra ao gramado a disputa começa peito afoito coração disparado  de perder tens medo, disputa encerra, nem sim e nem não placar zero á zero não perde não ganha é só emoção.

14/6/2017
Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 14/06/2017
Reeditado em 11/07/2017
Código do texto: T6027544
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