Navegar é Preciso, Viver não é Preciso
“ Navegar é Preciso, Viver Não é Preciso”
É preciso ou não viver?
E navegar ainda continua a preciso ser?
A resposta está em quem se lançou ao mar.
Se atreveu a navegar.
Passou o Cabo Bojador.
Foi além da dor.
Sentiu fome, sentiu medo, sentiu frio.
Não era o frio da neve, que do céu caía
e gelava o dia.
Era o frio da solidão, do medo de não ter
um pedaço de pão para comer.
Era a tristeza, que jaz na pobreza.
Era a neve a cair na alma.
A roubar a calma, que ali se fazia quando em
sua terra vivia. É esse viver que precisa morrer.
É matar a fome de navegar.
Acordar, olhar o céu, a Terra e o mar.
Sentir que é ali o seu lugar.
Agora vou-lhes contar porque era preciso navegar.
Porque ao nascer, alguém com ferro bem quente,
reluzente nos marcou.
E a marca do eterno estrangeiro em nós gravou.
O tempo anda a se encarregar desta frase mudar.
É preciso viver aqui, agora, a nossa hora.
E navegar só é preciso se o marinheiro tiver
dinheiro para conhecer o mundo inteiro
Lita Moniz
“ Navegar é Preciso, Viver Não é Preciso”
É preciso ou não viver?
E navegar ainda continua a preciso ser?
A resposta está em quem se lançou ao mar.
Se atreveu a navegar.
Passou o Cabo Bojador.
Foi além da dor.
Sentiu fome, sentiu medo, sentiu frio.
Não era o frio da neve, que do céu caía
e gelava o dia.
Era o frio da solidão, do medo de não ter
um pedaço de pão para comer.
Era a tristeza, que jaz na pobreza.
Era a neve a cair na alma.
A roubar a calma, que ali se fazia quando em
sua terra vivia. É esse viver que precisa morrer.
É matar a fome de navegar.
Acordar, olhar o céu, a Terra e o mar.
Sentir que é ali o seu lugar.
Agora vou-lhes contar porque era preciso navegar.
Porque ao nascer, alguém com ferro bem quente,
reluzente nos marcou.
E a marca do eterno estrangeiro em nós gravou.
O tempo anda a se encarregar desta frase mudar.
É preciso viver aqui, agora, a nossa hora.
E navegar só é preciso se o marinheiro tiver
dinheiro para conhecer o mundo inteiro
Lita Moniz