SOMOS OS OUTROS DE DEUS
Quantas vezes eu tive que morrer na vida
Até encontrar o caminho do Sol
Na janela um rouxinol
E a esperança na garganta sentia
O gosto das coisas que nem sabia os segredos
A vontade arremessada contra o vento
De um sentimento rebento
De estar onde a liberdade vence os medos.
Essa dor que temos de explorar o céu inteiro
Não pensa enquanto o corpo é breve
Se olhares para as estrelas houve
Outros inevitáveis destinos em si mesmo.
E os olhos não chegariam a Deus
Sem antes desejar com ardor profundo
Que o reino dos céus não é desse mundo
E que o céu não é o limite seu.
De uma aventura de pequenos mistérios
Escondidos no grande abismo de Luz
Na partícula o próprio não ser conduz
A nos conhecer em seus próprios outros.
De Fernando Henrique Santos Sanches - Fernando Febá - Poeta das Almas