SOMOS OS OUTROS DE DEUS

Quantas vezes eu tive que morrer na vida

Até encontrar o caminho do Sol

Na janela um rouxinol

E a esperança na garganta sentia

O gosto das coisas que nem sabia os segredos

A vontade arremessada contra o vento

De um sentimento rebento

De estar onde a liberdade vence os medos.

Essa dor que temos de explorar o céu inteiro

Não pensa enquanto o corpo é breve

Se olhares para as estrelas houve

Outros inevitáveis destinos em si mesmo.

E os olhos não chegariam a Deus

Sem antes desejar com ardor profundo

Que o reino dos céus não é desse mundo

E que o céu não é o limite seu.

De uma aventura de pequenos mistérios

Escondidos no grande abismo de Luz

Na partícula o próprio não ser conduz

A nos conhecer em seus próprios outros.

De Fernando Henrique Santos Sanches - Fernando Febá - Poeta das Almas

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 03/06/2017
Reeditado em 03/06/2017
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