POESIA ZEN
Uma poesia Zen.
Sem rompimentos com a lógica.
Não consigo. Forças outras
me fazem manter as letras no éter
e os pés no chão.
No entanto, tento.
Flutuo no ar romântico das vogais.
Evaporo no sonar das consoantes.
Me exagero no cantar das debutantes
poesias de ironias ácidas.
Que se lixem os desertores de sonhos.
Que se revalidem os vencidos,
pois nada me encanta esse lambuzar
de malfeitos.
Meditar nesse vazio é tão paradoxal
quanto transcender enigmas.
Absurdos esses poemas pueris!