CEDO
Cedo aos anseios da vida
essa espera sem limites.
Recheio o tempo com
relógios sem corda
e sem razão de marcar.
Receio que o vento assovie
canções de ninar...
Em tempo, é noite, agora.
E madrugada vem,
orvalhando a manhã.
Então, me pego cedo nas Letras
e capino daninhas ervas.
Lavrador, protejo a poesia
de parcos entendimentos.
Ainda assim,nessa lida,
brota sadia,cresce em
dúvidas e também...
morre lida.