Coisa Estranha

Saudade é uma coissa estranha

Que vem sempre na hora errada

Arromba a porta da entrada

Penetrando as entranhas

Traz os mortos, traz os vivos

Esquecidos ou lembrados

Sentimentos tão jogados

Sofrimentos intensivos...

Que fazer dela, senão sentir

Senão deixá-la parir

As dores do afeto...

Que sentir d'outro senão

O aperto no coração

Falta do que não está perto.