Outonos no varal

Outonos no varal

Morreram as flores tormentosas e tristes

deixei os outonos pendurados no varal

para que pereçam e sigam nas ventanias

e não mais amanheçam dentro de mim

e que as janelas e portas se abram à vida

e manhãs reluzam as esperanças perdidas

pois somente o viver é o que se quer ter

semeando primaveras onde houver espinhos

vida e mais viver é o que clama o coração

que por tanto sofrer renegou o tormento

deixou os outonos e os lamentos no varal

e foi correndo sentir as borboletas e colibris.

Rangel Alves da Costa

blograngel-sertao.blogspot.com