ÁGUA

Efêmera nuvem, corpo em transformação...

Líquido, gelo, vapor

Navegando sobre nós...

Ora nutrição , ora destruição!

No entanto bela,

bela vela

Abraçando o vento

Do seguir em frente!

Brilho de colar sem fio,

Frio amornado de rio.

Eu rio E a alegria cai em lágrimas!

Morro! E a dor é nuvem , névoa

Transformando o que era mágoa!

Somos água

que, estagnada, pode ser ignorada,

Mas sendo vida,

nunca, jamais, em nenhum tempo

Será destruída!

Mastigando nuvem,

Crua alma alçada,

Ao impossível ato de estar e ser

Dentro do possível e impossível

Brota verde e folhas.

Mas, quando falta,

Faz voltar ao pó o que já era pó,

Estaremos sós, seremos sós,

Inevitavelmente sós,

Sem piedade,

Sem nenhum dó.

Mas tudo é nuvem,

Da água que é ar,

No poder de sempre amar.

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 05/05/2017
Reeditado em 04/08/2017
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