SOL
O sol é o Deus dos antigos
Como o brilho arrebatador do ouro
Que enriqueceu cenários
E fez romper impérios
Manifestados pela sua luz
Da mascara do desejo humano
Dos primeiros raios da manhã.
O sol é luz na imaginação
Nas sombras do coração
Humano vivo em massa
Pelo operante cérebro em alcance
De cada transformação transferida para história
Que deixou vestígios sob os olhos ao sol
Do artista em silêncio sobre a mordaça da vida.
O sol se vai sobre o entardecer
Levando também cada dia
Sem ao menos perceber o natural da vida
Do sentido da cidade que acordava os céus
Do punho do ferro ao peito
Na perdida realidade fundente
De cada sol que se morre em solo
Sem ao menos notarmos o vermelho do arrebol.
De Fernando Henrique Santos Sanches- Fernando Febá - O Poeta das almas