Coroada

Tenho em mim cada gosto

Que quiçá, provarei nos lábios teus

A meiguice dócil do teu rosto

Trazendo saudade antes do adeus.

Desejarei poetar teus olhos brilhantes,

As covinhas das tuas bochechas ocas,

Descrever tua beleza cintilante,

Preso no fascínio da tua boca.

Numa poesia meio mágica e inconsequente,

Tirarei dos versos a rima reprimida

Colocarei no mesmo verso inocente

Em ordem invertida, eu, você e a vida.