ARTE DADÁ

Eu vejo imagens nas paredes, nas nuvens também.

Ouço poemas, frases, sabedorias o dia todo,

Encantamentos irreverentes captados.

Mário de Andrade e a desvairada paulicéia,

Marcel Duchamp e seu urinol, Tristan Tzara e seu jornal.

Contornei uma girafa avistada, coisa recente.

Perfeita; Natureza morta na parede do concreto capitalista.

Anarquias misturadas. Pessimismo. Críticas.

Acho que é assim mesmo, vemos coisas invisibilizadas

Damos contornos, acabamentos, obra feita é chamada.

Arte dadá e seus ismos: Coisas comuns, absurdas,sem lógica, redemonstradas.