Sobrevivo esquizofrênico
para não perder o senso, morrer
Chego até fingir insensível
para caber na fila da mutilação.
Nem feio nem bonito
Apenas um ser incomum
Um grito, ah! Um grito
Em múltiplos tons.
Planeta desconhecido,
esfera, satélite deslocado,
Circulador de lácteas vias,
Mariposa do bem e do som.
Habitando em alto morro,
Favela de um só barracão,
Cheio com tantas e mais,
Encantos e teias de aranhas
Alegrias inúmeras, verdades incertas,
Festas, certeza da ilusão, fé, gratidão.
Eis-me aqui, assim e assim, querido irmão.