O DESAFIO DE GRAMADO

Talvez tente, lentamente,

Me mudar para Gramado,

Não é coisa permanente,

É por período isolado.

No verão não é uma boa,

Bem ao contrário do inverno,

Mas muito só, vida à toa,

Abre-se porta no inferno.

Eu gosto da Capital

E de Gramado também,

Mas é a vida social,

Que nos conforta e faz bem.

Sem internet e cinema,

Só com leitura não fico,

Procuro o que vale a pena,

E prazer não sacrifico.

Mulher e os filhos trabalham,

Vida não tão diferente,

Os fins de semana calham

Para encontros mais contentes.

Mas eu tenho a conclusão,

Como já anunciei acima:

Mudar-me, não mudo não,

Pois não contempla e nem rima.

Eu vou ter de abrir a mão,

Contratar serviço e gente,

Para explorar a emoção

De jornada diferente.

Eu farei 71, não posso tanto sonhar.

Brasileiro e Português, com dupla cidadania,

Não quer dizer dobro em vinho

Ou duas casas pra morar.