TUDO NADA

Se procurarmos

o tal de tudo,

talvez achemos

e não mais:

Sobretudo. Contudo. Sortudo. Estudo. Pontudo. Patudo. Tetudo. Gargantudo. Testudo. Cistudo. Peitudo. Dentudo. Batatudo. Topetudo. O próprio tudo...

Salvo engano,

rocambolismos,

invencionices,

isso é tudo...

Quanto ao mais,

por toda a estrada,

encontraremos

a cada passo:

Marmelada. Granada. Estabanada. Limonada. Jornada. Abandonada. Bananada. Inclinada. Clonada. Dominada. Determinada. Ensinada. Internada. Externada. Inseminada. Disseminada. Iluminada. Empanzinada. Esplanada. Entronada. Afanada. Sanada. Fornada. Assassinada. Pressionada. Friccionada. Aficionada. Terminada. Exterminada. Fracionada. Treinada. Fascinada. Vacinada. Racionada. Danada. Antenada. Eliminada. Engalanada. Enganada. Desenganada. Encanada. Desencanada. Concatenada. Aprisionada. Bolinada. Ruminada. Depenada. Apenada. Condenada. Reclinada. Meninada. Minada. Ninada. Encenada. Entonada. Atazanada. Sanfonada...

e fico aqui,

porque mais nada...

digo;

cada vez

mais nadas.

E sei que isso

não explica,

só complica

e não agrada...

No fim de tudo,

tudo é menos,

bem menos

do que nada.

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 28/03/2017
Reeditado em 28/03/2017
Código do texto: T5954210
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