NONADA
Blindado, recluso, preservado.
Na vitrine do magazine,
Conduz, com dentes de aço,
O espetáculo do dia,
Rindo, incluso na mídia,
De cada parcela do uso.
Bastante do espetáculo,
Reduz os danos a nada,
Seduz, em cada caçada ,
A presa fartada do nulo!
E feliz pelo infeliz,
Diz o que quer,
O que, de sua vontade,
Reduz a nada o outro,
O ouro, o sagrado besouro!
E
Vingado, acuado, cortado,
Refaz as contas frustradas
No plano rasgado do nada.