SEM SABERES

Assim que o pensar se esvazia,

De minha alma me esqueço,

Não respiro a aura dos ontens

Que sequer sabem que eu cresço,

Nem sei se comigo pareço.

E na solidão desenhada,

Abraçada só pela brisa,

Vou pelo caminho aéreo,

Sei que sou livre, inteira

Onde nada sinta ou queira.

Mas no estar de mim em mim,

A vida parece ajustada:

A onda corre pelo mar

Sem desejos ou vãos quereres,

Sabendo eu ou sem saberes.

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 08/02/2017
Reeditado em 09/02/2017
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