SEM SABERES
Assim que o pensar se esvazia,
De minha alma me esqueço,
Não respiro a aura dos ontens
Que sequer sabem que eu cresço,
Nem sei se comigo pareço.
E na solidão desenhada,
Abraçada só pela brisa,
Vou pelo caminho aéreo,
Sei que sou livre, inteira
Onde nada sinta ou queira.
Mas no estar de mim em mim,
A vida parece ajustada:
A onda corre pelo mar
Sem desejos ou vãos quereres,
Sabendo eu ou sem saberes.