Panteísmo
Panteísta eu sou.
De mãos dadas com a natureza eu vou.

Seiva bruta vou ser quando o meu corpo
debaixo da terra apodrecer.

E vou agradecer se alguma raiz me vier
Socorrer.

Me livrar dos vermos que me andam a comer.
Serei ali panteísta de verdade.

O meu corpo fluído a correr pelas veias de
Árvores copadas..

Em forma de prece reaparecer.
Sou folha, sou flor.

Sou parte da natureza a espalhar
o aroma do amor.

Lita Moniz