ERA DO NÃO SER
Naveguei no mar do teu pensamento
E por um momento no porto cheguei
O porto como reflexão que me lança
De volta ao horror desse cotidiano
Marcado de cinismo e bestialismo
Diante da industria do "não pensar"
Pensar e agir para não se afogar
Diante de uma suprema ignorância
O conhecimento a nos desafiar e salvar
Sem conhecimento não há libertação!
Uma santa e profana indignação
Nos convida à salvação com pés no chão
Autonomia dos sujeitos como meta
Liberdade e democracia que não temos
Dançar a música da mais urgente sonhação!
A tal cidadania que rege o mundo
cujos conceitos não são visitados
Não dá conta de amorizar o humano ser
E o ser humano se desumaniza ao viver
Nesta profunda cratera da era do não ser!
Parabéns amigo, Davi Alves, pela sua energia vital em palavras e pensamentos que instigam para o agir. Foi a leitura do seu artigo "A Face Suicida do nosso país (O culpado não é Trump, Nem lula e muito menos o EI, somos nós)", que me mobilizou a escrever esta humilde poesia.