OS DIAS DO AGORA

Os dias do agora

Andam nublados

A sombridão entrevou toda a existência

São dias de nunca mais...

Cinzentos

Vermelhos

Há sangue nos olhos!

O ódio corrompeu-os

Estão todos de costas

Nem um nem outros estendem as mãos

O estandarte do amor tá no chão

No cemitério de todos!

São tempos de cólera!

Sem tempo pro tempo do outro

Inexistência de um bem-querer

Presença intermitente do não ser

Tempo?

Tempo?

Que tempo!

Sem cor...

Sem brilho...

Turvo

Sem vida!

Acabado

No jardim da saudade

No chão esburacado!

Todos estão tortos

A escuridão levou suas vontades

Todas pro lado esquerdo

Devorando-lhes o tempo

Agora sem sol!

Que tempo...

Agora de solidão!

Que tempo...

Agora de nãos!

Longe...

Bem longe!

Num lugar do nunca

Onde todos tão adormecidos

Nenhum no céu

Todos sob a terra!

GuimarãesCampos
Enviado por GuimarãesCampos em 24/01/2017
Reeditado em 18/02/2017
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