Aos olhos orientais
Não, tu não tens a pele de ouro!
Não, tu não és o poente!
Porém teu corpo de homem montanhês esconde petição de eclipse.
Porque tua linguagem secreta é da alma, mesmo...
deves ser sereia! atraindo navegantes com teu canto.
E saibas, teu canto vem dos olhos, não da boca.
Tua voz está no olhar.
Devora-me logo, pois sou areia e arrefeço, esfrio-me logo ao anoitecer.
Trance teus dedos nos meus, abrace meu corpo e olhe-me. Verifique-me.
Apenas olhe! Assim escutarei tua voz, teu canto.
Não, tu não tens a pele de ouro!
Tu tens olhos curvilíneos como asas de pequenas borboletas.
Seja facho, que serei tua ira!