A ALMA COMO LITORAL
Contratempo do avesso do desejo
Vou atê o cume do sonho
Não escuto o que repercutiu
Sua ausência calada e surda.
De nunca vai dar aquilo que você quer
A dor que ignora da vontade que implora
O valor inconfundível do eco inaudível
É um grito, um alarde que se faz esconder.
O valor inestimável das emoções que sente
Aquilo que invade e não se comunica
O tempo inapreensível das intuições
É a paz das guerras antitéticas.
A fronteira do continente que temos
O despertar alucinado dos medos
O erro de sermos palavra
E acordarmos para o que somos.
De. Fernando Henrique Santos Sanches - Poeta das Almas