A ALMA COMO LITORAL

Contratempo do avesso do desejo

Vou atê o cume do sonho

Não escuto o que repercutiu

Sua ausência calada e surda.

De nunca vai dar aquilo que você quer

A dor que ignora da vontade que implora

O valor inconfundível do eco inaudível

É um grito, um alarde que se faz esconder.

O valor inestimável das emoções que sente

Aquilo que invade e não se comunica

O tempo inapreensível das intuições

É a paz das guerras antitéticas.

A fronteira do continente que temos

O despertar alucinado dos medos

O erro de sermos palavra

E acordarmos para o que somos.

De. Fernando Henrique Santos Sanches - Poeta das Almas

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 20/01/2017
Reeditado em 20/01/2017
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