SÚPLICA
Enquanto as folhas caem,
O amarelo medra entre as pedras.
Enquanto a névoa voa,
O ar arde airoso ao redor da dor.
Deuses que observam e amam,
Leguem um pouco de paz a quem,
Incapaz, sente-se inquieto e falaz.
Essa neve casta nunca cave covas
Em embalos de mãos que agem em vão.
O corpo do sagrado seja sempre
de amor namorado, amenizado no mar.
Façam em mim
fúlgidas fugas para fora do comum.
Dadivosos Deuses, destruam as dúvidas de dentro de mim,
Minimizem minha máxima mágoa
E serei simples, suave, saciada, sua.