DUAS FORÇAS

                  Solano Brum

Nesta vida, - complexa e mal traçada -,
O dualismo, por ser fatal, assume
o destino... É tudo e parece um nada...
mas um nada que a tudo se resume!

Eu li a trova deixada em um tapume
Na qual, o autor, com alma elevada,
mencionava ser “a treva e o lume”
caminhos ao ápice ou à derrocada!

A ditar mentiras ou verdades,
Anjo e demônio (individualistas),
provocam, certezas e falsidades!

E eu vejo em tudo – pobre coitado!
numa vereda de seixos e ametistas,
um homem livre, mas, acorrentado.

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Na vida, há dois precipícios,
Gerando tristeza e desgraças...
Um, o triste caminho dos vícios,
O outro, o desamor entre as raças!

Esta é a trova que eu li, num tapume. Havia a construção do Metro na Cinelândia e como sempre, eu passava por ali, apressado, como as demais pessoas. A Rua era a Primeiro de Março e meu destino era a Rua Evaristo da Veiga, esquina com mo Prédio do Clube do Bola Preta.
(Como sempre, copiamos as mensagens e esquecemo-nos dos autores) Disseram-me ser um “trovador dos tapumes.” o que para ele, hoje, tiro o chapéu. O mesmo nobre gesto é para o Grande Poeta Olavo Bilac em seu belíssimo Poema “DUALISMO'
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Solano Brum
Enviado por Solano Brum em 09/01/2017
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