O ÚLTIMO ANO DA MINHA VIDA

Não morrerei sem saber quem eu sou.

Eu sou aquilo que não me vejo.

Despedaço do estilhaço que interveio.

Fantasma ocupado que tornou.

De ausências e lembranças despidas de seus empecilhos.

Acalma o caminho desconhecido a chegar.

A encorajar os outros a se libertar com as próprias asas.

Do valor de se perder sobre o caminho atormentado.

Recuperar o que haveria perdido e foge.

Acolher o que estava separado e alheio

Fazer dela outro da minha alma.

Me leve aquilo que já andei vendo por ai.

Sem antes despertar a capacidade de lhe fazer possível.

Mesmo que o impossível se antecipe demais.

Pelas fronteiras dos territórios que escapam.

De. Fernando Henrique Santos Sanches - Fernando Febá

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 03/01/2017
Reeditado em 17/07/2018
Código do texto: T5871074
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