PARA FERREIRA GULLAR
O trem já não é mais preciso
nem carro
nem avião
o poeta-menino partiu sem desaviso
ao encontro de um dia novo
bem do seu jeito bizarro
descabendo da vida fechada em arquivos
foi se inspirar na imensidão
foi fazer versos abstratos
que não dependem de palavras
nem de sons
nem de pão
nem de vagas
versos que brilham soltos
pelas galáxias
feito letreiros de néon. . .
- por JL Semeador de Poesias, em 06/12/2016, inspirado na letra do “Trenzinho do Caipira” e no poema “Não Há Vagas” –