AS FORÇAS DO TRÁGICO NO SUBLIME
Só a tragédia nos une. No desconhecido.
No sublime mais profundo, no inexprimível
Como declínio das aparências
A obra em sua hora tragada
O que eu sei sobre os sobressaltos?
Sem parar o vento. Sopro da saudade
Sem penetrar o sentido dessa viagem
Sem limite volta os incautos.
Mistério da vida, despedaçado no ar
Grãozinho do universo das metáforas
Sombra imensa no cio das horas
A vossa imagem intensa encontrarás
Se a morte nos faz menos superficiais
Revelam nossas mais arcaicas fantasias
De que somos iguais pelo destino.
Da erva fina que brota os animais.
De - Fernando Henrique Santos Sanches