O SOLITÁRIO DE PEQUIM

Teu nome quem há de saber?

Só tua imagem, destemida, balouça

na memória de quem te viu diante

dos tanques, na Praça celestial.

deixastes o mundo inteiro estupefato,

com teu gesto de destemor, diante

da fúria dos creem mais na força

do que no diálogo, em prol da paz.

Pequim. Esse foi o lugar, cenário,

que entrastes solitário, de repente.

Ocultaram a tua identidade, pois,

previam que o mundo inteiro, por

certo, premiaria o teu gesto de revolta.

Por onde andas, ó solitário de Pequim?

Tua imagem é a fiel tradução

da imagem de um povo reprimido,

que vive sedento de libertação.

Será que deram cabo de tua vida?

Tua imagem nos faz refletir

tantos "por quês"! Mas de ti, quem

sabe? Te deram sumiço e ficou

por isso, mesmo? O teu gesto,

Ó solitário de Pequim, foi um gesto

que visou não só o teu próprio bem,

nem o de tua nação, mas do mundo.

Teu gesto, Ó solitário de Pequim,

Foi um gesto que nos faz repensar!

saber teu nome? A tua imagem

diz tudo que palavras não traduzem.

És a imagem de todos os homens!

Dos que clamam por liberdade,

dos que clamam por justiça,

E buscam, na terra, a paz celestial.

A Lima
Enviado por A Lima em 01/11/2016
Reeditado em 01/11/2016
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