O SOLITÁRIO DE PEQUIM
Teu nome quem há de saber?
Só tua imagem, destemida, balouça
na memória de quem te viu diante
dos tanques, na Praça celestial.
deixastes o mundo inteiro estupefato,
com teu gesto de destemor, diante
da fúria dos creem mais na força
do que no diálogo, em prol da paz.
Pequim. Esse foi o lugar, cenário,
que entrastes solitário, de repente.
Ocultaram a tua identidade, pois,
previam que o mundo inteiro, por
certo, premiaria o teu gesto de revolta.
Por onde andas, ó solitário de Pequim?
Tua imagem é a fiel tradução
da imagem de um povo reprimido,
que vive sedento de libertação.
Será que deram cabo de tua vida?
Tua imagem nos faz refletir
tantos "por quês"! Mas de ti, quem
sabe? Te deram sumiço e ficou
por isso, mesmo? O teu gesto,
Ó solitário de Pequim, foi um gesto
que visou não só o teu próprio bem,
nem o de tua nação, mas do mundo.
Teu gesto, Ó solitário de Pequim,
Foi um gesto que nos faz repensar!
saber teu nome? A tua imagem
diz tudo que palavras não traduzem.
És a imagem de todos os homens!
Dos que clamam por liberdade,
dos que clamam por justiça,
E buscam, na terra, a paz celestial.