NÓS E A SAUDADE

Nunca fui de não ter um momento sequer

pra pensar em quem amo e vai longe do alcance,

garimpar entre os dias a chance mais rara

de rever; reouvir; reatar algum fio...

Não entendo o sem tempo de romper as grades

e tentar um desvão na soberba das horas,

enfrentar as verdades em redor do sonho

de sentir novamente o prazer da presença...

Um amor verdadeiro conhece os caminhos,

podem ser os remotos, até virtuais,

quando mais não se pode querer da distância...

Só não dá pra não dar importância nenhuma

pros afetos guardados em nossos arquivos;

quem é vivo precisa morrer de saudades...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 24/10/2016
Código do texto: T5801944
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