Em pé de guerra
Devias ver na vida
o brilho dos olhares
em cada despedida,
o rumo da partida
de todos os lugares!
Devias ver, querida,
o céu azul, os mares
e a vela distendida,
jangada conduzida,
sem ter outros pesares;
Devias, como vejo,
também veres o riso!
Verias o desejo
do verso que despejo
no chão por onde piso.
Devias-me o meu beijo
e mais quanto preciso...
Tirar, no realejo,
a prova do desejo
no qual me martirizo!
Devias, mas não fazes...
Não vês, nem olhas nada
e nem somos capazes
de fazermos as pazes;
e não fazemos nada!