Insônia

A noite cai... e avança...

Rolo na cama...

Fico à espera do sono que não vem...

Velho drama

da insônia que me impõe seu castigo...

A vigília forçada

e outra noite sem sono

no abandono dos lençóis...

Outra noite... mais uma...

Olho ao lado a que dorme e ressona...

E eu aqui sem dormir...

Quero rir... ou gritar,

mas é noite; e os vizinhos...

Eles dormem, também!

Tudo dorme... é a noite!

E eu, insone, escutando o silêncio

e o longínquo ladrar de algum cão.

Noite, madrugada, insônia...

Triste combinação!

Os ponteiros avançam, sem pressa,

como se dormissem também...

Amanhece...

Ela acorda e diz: “Bom dia!”

Mal respondo... é o humor.

Deixa a cama vazia

e eu só, a esperar...

Sinto o dia... é o agito...

Quase grito, mas enfim!

Finalmente eu vencido,

sinto sono! Agradeço!

Amanhece... adormeço...

E me apago

feito uma lâmpada cansada da noite

e que não clareia o dia!

Poeteiro
Enviado por Poeteiro em 09/10/2005
Código do texto: T58015