Quando o Poeta  Sonha
 Quando o poeta sonha 
 A Terra acorda e treme.
 
 As águas do rio manso
 O doce remanso do mar.
 Os ribeiros a cantar.
 E o sonho do poeta querendo
 o mundo mudar.
 
O verde das matas esqueceu que
pode mais verde ficar.
O sonho do poeta chega para o
sobressaltar: não é ali que o mundo
finda, pode ser mais verde ainda.
 
 
O mundo animal extasiado
com este mundo malvado entra
na brincadeira: mata e come.
E o sonho do poeta lhe diz: deve
haver outro jeito de matar a fome.
 
No topo da existência um animal
malfadado, coberto de trapos para
esconder o que não pode aparecer,
E ainda assim, imagem e semelhança
De um Celstial Ser, de um Triplo Poder.
 
Capaz de criar, recriar, inventar o que
é preciso para este mundo melhorar.
O sonho do poeta  se ajoelha.
Sente o  peso da missão: ajudar a
humanidade  a ser Deus em ação.
 
                           Lita Moniz