O VELHO / O NOVO
Sublinhar qualquer palavra
Em vermelho, em traço sinuoso,
Recompõe o desditoso,
Ato censurador? Ato de lavra!
Qual a regra?
Quero a régua da trégua?
Quero o alguém que me leia
E entenda de minh'alma cada fina teia.
No entanto, o novo traça o caminho
Sem espinhos,
Brando, leve.
Mas sem carinho,
Só tolerância gritada
Como bandeira do tudo,
Como clarim estridente do nada.
Comerei da terra branda
Só o barro amansado,
E retornarei ao pó,
Tão igual para o mundo todo,
Tão o mesmo em danado fim,
Afinal...para isso estou e vim.