O ANIMAL POÉTICO

Quanto tempo o tempo dura para surgir o amanha?

Então me perguntava, qual seria a finalidade do caos?

Quando acertávamos os nossos relógios

Sem saber quanto duraria um dia.

Quando, acontecer, do ser sair do centro da criação

Os animais vão querer o seu lugar na linguagem

Mesmo não estando mais na natureza da vontade

Cria roupagens entre pistas despistadas.

Nem laços, ruas, lembranças temos pelo mundo que víamos

O perscrutador do mundo não tem mais os mundos perdidos

Havia um pai da aquela família, onde nos escrevíamos

E o passado passou entre tempos divididos.

E todo tempo nos perguntávamos se havia outras antípodas

Enquanto a alma era prisioneira da visão de outrora

E nem pensávamos que não estávamos sozinhos

Embora nos comunicassem direto com o invisível.

Havia um lugar em que nem um ponto conhecia a luz

E nesses esconderijos os olhos desconheciam aos abismos

Entre reinos escondidos dos animais sem mitos a contar

A fonte que os criou dos véus sem imagens somos.

De Poeta das Almas - Fernando Henrique Santos Sanches

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 16/10/2016
Reeditado em 07/11/2016
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