MATTHEW
Ao vento dedico este poema
tormento.
De sopros fortes e frágeis
aflições, sei que devasto.
Torno-me então, furacão de mim
e rodopio em ala de baianas.
Na alegoria de desastres
sobrenaturais,
tombo coqueiros e revelo raízes.
Destelho esperanças e dizimo vilas.
Alicio ondas em mares inavegáveis.
Meu eu trovão faísca em raios
e amedronta defesas.
Minha passagem é de ida.
Mas sempre volto,
ainda que em outro nome.