MATTHEW

Ao vento dedico este poema

tormento.

De sopros fortes e frágeis

aflições, sei que devasto.

Torno-me então, furacão de mim

e rodopio em ala de baianas.

Na alegoria de desastres

sobrenaturais,

tombo coqueiros e revelo raízes.

Destelho esperanças e dizimo vilas.

Alicio ondas em mares inavegáveis.

Meu eu trovão faísca em raios

e amedronta defesas.

Minha passagem é de ida.

Mas sempre volto,

ainda que em outro nome.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 07/10/2016
Código do texto: T5784843
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