Às vezes, preciso ficar só
Sondando o meu interior
E tirando do meu ser, o pó
Que o velho tempo deixou
No crepúsculo dos segredos
Rebusco meus sentimentos
O destino, às vezes é tredo
Me quedo na orla do tempo
Só, eu passeio pela natureza
E trago o afago do meu amor
Eu beijo a vida em sua beleza
Pelo caminho de água e flor
Num sopro macio traz o vento
A voz perene de um tempo ido
Trazendo a voz de um lamento
De um tempo que não foi vivido
Quero viver em tempo preciso
Amar perdoar e então marchar
Apreciar o que me está servido
No banquete que a vida me dá

Kainhá Brito
Direitos Autorais Preservados