TODO DIA A VIDA FAZ SEMPRE IGUAL
Na rua, às claras, a neblina;
No peito, escondida...a vontade,
O que importa é a viva ânsia, o dia a dia,
e cada ponta ardida e aguda da esperança.
Meu bom bem derivado do nada,
A alça ruiva de cada madrugada,
O inverno com todos os sinais,
O choro ardente agora e nunca mais!
Amor completo e cheio de certeza,
Em busca do desvio e da beleza,
Emaranhando entre sonhos e asperezas,
A voz dos dias cheia de incertezas!
Carece ficar ao lado da distância,
Ficar ao longe da enorme pedra bruta,
Por ela construídas , em cada estranho dia,
A morte e a vida nos incitam à luta!