NA CURVA
Quero o querer, saber, poder e o dever
De ter o mundo em meu abraço o mais ardente
E fazer com tais fazeres , em rumo certo,
Da vida parca um brilho farto, renitente.
Ainda que esse brilho intruso fosse foice,
Embora a vida em curva estreita o rejeitasse,
Gritaria em embargo amargo do impasse,
Delicadeza para a voz que veio e foi-se.
Entre as plantas o mato forte tão bonito,
Entre os desejos o medo largo tão sentido
Na boca rouca a coragem tào esperta
Querer quereres e saberes proibidos
Todos os poderes e deveres requeridos
Elevam a alma e a atendem assim desperta.