NA CURVA

Quero o querer, saber, poder e o dever

De ter o mundo em meu abraço o mais ardente

E fazer com tais fazeres , em rumo certo,

Da vida parca um brilho farto, renitente.

Ainda que esse brilho intruso fosse foice,

Embora a vida em curva estreita o rejeitasse,

Gritaria em embargo amargo do impasse,

Delicadeza para a voz que veio e foi-se.

Entre as plantas o mato forte tão bonito,

Entre os desejos o medo largo tão sentido

Na boca rouca a coragem tào esperta

Querer quereres e saberes proibidos

Todos os poderes e deveres requeridos

Elevam a alma e a atendem assim desperta.

Helena Helena
Enviado por Helena Helena em 25/09/2016
Reeditado em 19/04/2019
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