Carta à mulher amada
(dedicada à Lu, minha rosa amada e bela)
lhe para mim, minha doce amada
que hoje não quero falar de nada
que não seja do meu amor.
Não, hoje não há problemas existenciais,
nem as crises costumeira,
tudo isso hoje são besteiras.
O que há em mim, hoje, é a certeza
(que queria que para ti fosse tão certo)
do amor que por ti eu tenho,
que não é pouco, nem excessivo,
que é apenas suficiente
para não deixá-la carente,
nem tão pouco sufocá-la,
que há de te deixar contente,
completa, repleta,
resplandecente como só fica
quem é de algum modo amado,
e eu te amo do meu modo,
atabalhoado, atrapalhado,
incoerente, intransigente,
(te amo até de um modo proibido,
incontido, irreal e sem igual)
mas te amo somente,
em tempo integral
e sempre de prontidão.
Pensas então que é fácil amar
e continuar amando,
sonhar e continuar sonhando
em meio a crises, desalentos,
contratempos, desesperanças?
Quantos resistiriam tanto tempo
a tal modo de amar,
e qual amor resistiria, não fosse ele real?
Olhe para mim
com estes olhos que me enternecem
que aquecem a minha alma
que me traz e me tira à calma
e procura ver além daquilo
que teus olhos possam te dizer
e não duvides do que vires
e nem te vires para não ver
pois é real o que te apresentam os teus olhos
Ah! Teus olhos tem a doçura
da criança que procura
abrigo, alento
e trago sempre comigo
a visão do teu olhar
e sempre que mal me sinto,
sempre que bem não estou,
sempre que a saudade me aperta
tentando me ferir o coração
é no teu olhar que eu me escondo
fazendo deles o meu escudo
achando neles os teus braços a me embalar,
a me acariciar, a me dar repouso,
a me fortalecer...
(mas penso já ter te dito
isso de uma forma ou de outra).
Mas tu nem sabes o que se passa
comigo naqueles instantes
em que, por estares distante,
me sinto, mais do que nunca, tão só
e somente quando durmo enfim
e em sonhos te reencontro
comigo me reencontro
(e nos meus sonhos
sempre me perco em teus braços
e sinto a tua pele, teu perfume,
e brinco com os teus cabelos
e me sinto mais vivo no sonho
que na vida).
Melhor do que nos sonhos
e quando de forma real
tenho-a na minha frente,
carrego-a nos meus braços
ao som daquela canção
e sinto de fato a tua pele,
e brinco com os teu cabelos
e o teu perfume me invade,
me desperta para a vida
e me leva de volta aos sonhos.
E só então eu percebo
que estar contigo é um sonho permanente
e só tenho um medo medonho
de um dia não viver mais estes sonhos,
de não te encontrar
nem dormindo, nem acordado
e sentir-me assim sem vida.
Mas como pensar nisso agora
se estás à minha frente, linda e nua,
de braços abertos a me esperar
para vivermos outros doces momentos
deste sonho passageiro
(que é da própria essência do sonho
ser assim tão efêmero).
E que me importa agora
se estou acordado ou dormindo,
se é fato ou fantasia
isto que me extasia
que me traz esta alegria
de me perder nos teus braços
de me encontrar no teu corpo
de fazê-la feliz ao meu lado
de nesta noite ligeira
poder outra vez de amar?
Ah, tenho vontade de dizer teu nome,
de repetir teu nome,
de gritar teu nome
para que todos ouçam...
mas para que?
que importa agora o nome
se teu nome agora é amor...
Tu bem sabes que eu nunca quis
para ti ser o primeiro
e somente gostaria
de ser o verdadeiro,
talvez o último, o derradeiro,
o de toda uma vida
que ao teu lado se apresenta.
Oh, vida, não me seja mais ingrata
e me permita a minha amada
e com ela viver os meus dias,
as minhas noites solitárias,
me permita oferecer a ela
o que de ti ela merece
o que mais que a mim
a ela pertence.
(dedicada à Lu, minha rosa amada e bela)
lhe para mim, minha doce amada
que hoje não quero falar de nada
que não seja do meu amor.
Não, hoje não há problemas existenciais,
nem as crises costumeira,
tudo isso hoje são besteiras.
O que há em mim, hoje, é a certeza
(que queria que para ti fosse tão certo)
do amor que por ti eu tenho,
que não é pouco, nem excessivo,
que é apenas suficiente
para não deixá-la carente,
nem tão pouco sufocá-la,
que há de te deixar contente,
completa, repleta,
resplandecente como só fica
quem é de algum modo amado,
e eu te amo do meu modo,
atabalhoado, atrapalhado,
incoerente, intransigente,
(te amo até de um modo proibido,
incontido, irreal e sem igual)
mas te amo somente,
em tempo integral
e sempre de prontidão.
Pensas então que é fácil amar
e continuar amando,
sonhar e continuar sonhando
em meio a crises, desalentos,
contratempos, desesperanças?
Quantos resistiriam tanto tempo
a tal modo de amar,
e qual amor resistiria, não fosse ele real?
Olhe para mim
com estes olhos que me enternecem
que aquecem a minha alma
que me traz e me tira à calma
e procura ver além daquilo
que teus olhos possam te dizer
e não duvides do que vires
e nem te vires para não ver
pois é real o que te apresentam os teus olhos
Ah! Teus olhos tem a doçura
da criança que procura
abrigo, alento
e trago sempre comigo
a visão do teu olhar
e sempre que mal me sinto,
sempre que bem não estou,
sempre que a saudade me aperta
tentando me ferir o coração
é no teu olhar que eu me escondo
fazendo deles o meu escudo
achando neles os teus braços a me embalar,
a me acariciar, a me dar repouso,
a me fortalecer...
(mas penso já ter te dito
isso de uma forma ou de outra).
Mas tu nem sabes o que se passa
comigo naqueles instantes
em que, por estares distante,
me sinto, mais do que nunca, tão só
e somente quando durmo enfim
e em sonhos te reencontro
comigo me reencontro
(e nos meus sonhos
sempre me perco em teus braços
e sinto a tua pele, teu perfume,
e brinco com os teus cabelos
e me sinto mais vivo no sonho
que na vida).
Melhor do que nos sonhos
e quando de forma real
tenho-a na minha frente,
carrego-a nos meus braços
ao som daquela canção
e sinto de fato a tua pele,
e brinco com os teu cabelos
e o teu perfume me invade,
me desperta para a vida
e me leva de volta aos sonhos.
E só então eu percebo
que estar contigo é um sonho permanente
e só tenho um medo medonho
de um dia não viver mais estes sonhos,
de não te encontrar
nem dormindo, nem acordado
e sentir-me assim sem vida.
Mas como pensar nisso agora
se estás à minha frente, linda e nua,
de braços abertos a me esperar
para vivermos outros doces momentos
deste sonho passageiro
(que é da própria essência do sonho
ser assim tão efêmero).
E que me importa agora
se estou acordado ou dormindo,
se é fato ou fantasia
isto que me extasia
que me traz esta alegria
de me perder nos teus braços
de me encontrar no teu corpo
de fazê-la feliz ao meu lado
de nesta noite ligeira
poder outra vez de amar?
Ah, tenho vontade de dizer teu nome,
de repetir teu nome,
de gritar teu nome
para que todos ouçam...
mas para que?
que importa agora o nome
se teu nome agora é amor...
Tu bem sabes que eu nunca quis
para ti ser o primeiro
e somente gostaria
de ser o verdadeiro,
talvez o último, o derradeiro,
o de toda uma vida
que ao teu lado se apresenta.
Oh, vida, não me seja mais ingrata
e me permita a minha amada
e com ela viver os meus dias,
as minhas noites solitárias,
me permita oferecer a ela
o que de ti ela merece
o que mais que a mim
a ela pertence.