VIRGULE - SEM SENTIDO 2
Água viva correndo morta
de medo, instantes se vão
e vêm para talvez
não mais voltar
para a porta aberta.
A minha vontade canta
liberdade ainda que a tarde
arda em meu rosto
como estrelas machucadas
em chagas.
Tu chagas as mãos em buscas
constantes a mágoas abertas.
Por dias e noites fechadas nos medos
solitários enredos por entre dunas
de deserto ouvi notícias arenosas
e sujas estão as màos
que se lavam
em minhas lágrimas
furtivas as mágoas pesadas
caem nas frestas ocultas
entre nós
a vida escorre morta
de medo instantes se vão
em vão.
Quieta, a alma ,
desenho de qualquer palma,
flui, brilha, rebrilha,
pisa a ponta....e voa!