À morte

Não me olhe com esse olhar fúnebre.

Deixe-me em paz!

Tenho muito a fazer e não sou capaz

de entregar-me ao seu profundo olhar lúgubre.

Não me abrace com esses braços gelados.

Minha vida é tão gloriosa.

Seu abraço sufoca-me, é paixão dolorosa.

Não posso manter meus lábios cerrados.

Quero gritar! Libertar-me de vossas mãos.

Minha alma libera pura energia na imensidão.

Vai-te embora. Vá sem demora.

Deixe meus dias que os vivo agora.