Repressão
Açoitaram meus sonhos.
No tronco me puseram e açoitaram-me.
Cada lágrima que caía era uma súplica a Deus.
Doíam as chibatadas!
Sem dó nem piedade
apanhei.
Cantei no fim do açoitamento
um hino muito bonito.
Os olhos marejados
os lábios ressacados
o couro ardia.
Que dó!
Que dó eu tenho dos que açoitaram meus sonhos.