COLHEITA EQUIVOCADA

Confiei nos teus olhos e me deixei ver

pelo avesso, por fora e por todos os pontos,

os estágios e os prontos de minhas verdades

mais à vista e cravadas em meu eu mais fundo...

Fui me abrindo, me pondo, me fiz expoente,

permiti que soubesses de cada estranheza

da minh´alma de massa verídica e nua;

natureza pagã do meu corpo abstrato...

Quando mais confiava em tua confiança

percebi que te armavas contra o não perigo,

ao abrigo de ventos que jamais sopraram...

Revelei meu pior, mas doei o mais são;

tua mão nunca soube colher minha flor,

preferiu colher medos e pré-julgamentos...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 01/09/2016
Código do texto: T5747114
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